Nesta quinta-feira (28), a professora Vanusia de Sousa Matos, de 39 anos, teve o corpo queimado após um estudante, de 10 anos, ter jogado um líquido inflamável contra ela e ateado fogo em seguida, dentro de uma escola, na cidade de Barra do Corda, a 447 km de São Luís.
O secretário de Educação do município, Ramon Júnior, disse o seguinte: “Me desloquei até o Upa na companhia de uma psicóloga do município para acompanhar de perto o socorro à professora, como também, ouvir a criança. Perguntei a ele por qual motivo ele lançou gasolina e ateou fogo contra a professora”, comentou Ramon.
Ao secretário, o estudante respondeu o seguinte: “Ontem quarta-feira (27), ocorreu uma briga entre eu e uma coleguinha. Eu disse um nome feio contra minha coleguinha e fui repreendido pela professora. Temendo ela contar o ocorrido para minha mãe, ao chegar em casa, pesquisei no YouTube como era que se preparava o coquetel molotov. Peguei 20 reais e gastei 18. Com o troco de 2 reais, fui até um posto de combustível e comprei gasolina”.
A gasolina foi colocada em uma garrafa pequena. Ao chegar na escola, o aluno entrou para sala de aula e, enquanto a professora conversava com uma outra mãe de aluno, ele lançou a gasolina contra a professora.
A mãe de outro aluno correu para cima para impedir o pior. Ela ficou entre o menino e a professora. Mesmo assim, ele conseguiu acender o palito de fósforo e lançou contra a professora. Ela sofreu queimaduras nas axilas, no rosto, nos dois braços e nos seios.
O delegado Daniel Arruda declarou que a professora sofreu lesões corporais graves causadas por queimaduras propositais causadas pelo estudante. Ela teve 40% do corpo queimado. De imediato, ela foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Barra do Corda, mas em razão da gravidade dos ferimentos, teve que ser transferida para um hospital de São Luís.
Ainda de acordo com o delegado, o estudante foi ouvido na delegacia, acompanhado pelos conselheiros tutelares. Pessoas que testemunharam o caso e a mãe da criança também prestaram depoimento.
“Precisamos apurar como essa criança adquiriu esse líquido inflamável e o motivo de ter cometido esse ato contra a professora”, disse o delegado.
O frentista do posto que vendeu o combustível para a criança também será ouvido pelo delegado.
GILBERTO LIMA .