A Nasa, a agência espacial norte-americana, divulgou na última quarta-feira (24) uma nova série de três composições musicais criadas a partir de dados coletados pelo Observatório de Raios-X Chandra e outros telescópios espaciais e produzidas com o apoio do músico Andrew Satanguida. A técnica que possibilita essas criações recebe o nome de sonificação de dados e já foi usada para traduzir o nascer do Sol em Marte e o som do próprio Sol.
A primeira das composições, nomeada Chandra Deep Field South, mostra uma visão ampliada do hemisfério sul e é a imagem mais profunda já obtida em raio-x — nela foram representados mais de sete milhões de segundos do tempo de observação espacial. Na extremidade mais clara do espectro sonoro, as cores vermelhas apresentam tons mais agudos, as cores roxas têm tons mais graves e as cores brancas carregam o ruído branco.
Já a segunda, Nebulosa Olho de Gato, foi criada não só a partir de dados do Chandra, como também do Telescópio Espacial Hubble. A luz mais longe do centro tem tons mais agudos, enquanto as luzes mais brilhantes atingem notas mais altas.
A terceira e última traduz dados da Galáxia do Redemoinho, também conhecida como Messier 51 — como foi intitulada a composição musical. O raio é mapeado com notas de uma escala melódica menor e cada comprimento de onda de luz na imagem é atribuído a uma faixa de frequência diferente.
*Estagiária do R7 sob supervisão de Pablo Marques
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